Plinio Il Vecchio
Quem era?

de Edoardo Pacelli

Plinio il Vecchio: nicha na Catedral de ComoGaio Plinio Secondo ( 23/24-79 d.C.), dito Plínio O Velho - para distingui-lo do sobrinho Gaio Plinio Cecílio - historiador, cientista, gramático, foi, talvez, o maior erudito da idade imperial romana. Nasceu em Como, foi educado em Roma e entrou na carreira eqüestre no meado do Iº século depois de Cristo comandando por muito tempo um esquadrão de cavalaria na região do rio Reno - Alemanha. No ano 58 voltou para a Itália dedicando-se aos estudos da retórica e gramática. Ocupou importantes cargos públicos ao tempo dos imperadores Vespasiano e Tito. Ao falecer - final de outubro do ano 79 - durante a famosa erupção do Vesúvio, comandava a frota do Capo Miseno (nos arredores de Nápoles). Sua trágica morte nos foi narrada, em riqueza de detalhes, numa carta do sobrinho, Plínio o Jovem, ao historiador romano Tácito como segue abaixo:

C. Plinius Tacito suo s.

Petis, ut tibi avunculi mei exitum scribam, quo verius tradere posteris possis. gratias ago; nam video mortis eius, si celebretur a te, immortalem gloriam esse propositam (  Caro Tácito, você me pede para descrever a morte de meu tio, de modo que você possa transmiti-la à posteridade de forma mais adequada. Disso o agradeço: eu acho, de fato que, se for celebrada por você, uma glória imortal poderá ser garantida à sua morte.)

A obra mais importante de Plinio o Velho, que nos chegou completa, é a "Naturalis Historia", que inicia com uma dedicatória a Tito, que regia, na época, o império junto ao pai Vespasiano, um índice e a lista das fontes bibliográficas (livro I); continua com os seguintes tratados: sobre a Astronomia e a Geografia (livros II – VI), sobre o Homem e os outros animais (livros VII – XI), a Botânica (livros XII – XIX), a Medicina (livros XX – XXXII), os metais e as pedras e de seus usos na medicina, a arte  e a arquitetura (livros XXXIII – XXXVII). Misturando as experiências pessoais e as testemunhas de fontes antigas, utilizando um estilo afetado e, às vezes, tortuoso, nos dá, Plínio, além de inúmeras, preciosas notícias sobre o conhecimento científico daquele tempo, um exemplo único do profundo humanismo e da vastidão de interesses da cultura latina do século I.