O
“Comitato per i festeggiamenti del bicentenario della invenzione della
pila”, está exibindo, na América Latina, uma exposição dedicada aos
bicentenários da morte de Galvani e da invenção da pilha, por Alessandro
Volta. Esta mostra chegou no Rio, e está sendo hospedada no Museu de
Astronomia, Ciências e Afins, de São Cristóvão, com o apoio do Istituto
Italiano di Cultura do Rio de Janeiro.
Galvani era um cientista de Bologna, que dedicou sua vida toda ao estudo da medicina, da cirurgia, da anatomia, da obstetrícia e da física. Suas mais importantes experimentações interessaram os efeitos da eletricidade sobre os animais, sobretudo as rãs. Conduziu, igualmente, pesquisas sobre a eletricidade artificial (máquina eletrostática) e natural (raios).
Volta nasceu em Como, cidade à beira do lago homônimo,
onde viveu e conduziu suas pesquisas que o levaram a descobrir, entre outras
coisas, o gás metano, o micro-eletroscópio e a publicar as leis sobre a dilatação
isóbara do ar, antes de Gay-Lussac. Em 1792 inicia sua disputa com Galvani,
sobre a natureza da eletricidade. Em 1799 constrói a primeira pilha e, dois
anos depois,
Napoleone
Buonaparte lhe confere, pela importância da descoberta, medalha de ouro.
Com a pilha, inicia a era da utilização da eletricidade.
Esta notícia nos serve de pretexto para sugerir uma visita à cidade de Como. De antigas origens romanas, este centro se encontra ao confim entre a Itália e a Suíça Italiana, o Cantão Ticino. È um dos portões de entrada na Itália para quem vem da Europa Central. O clima é suave, os habitantes são alegres e hospitaleiros. As margens do lago estão enfeitadas com mansões e jardins floridos, praticamente o ano todo. Muitas destas “villas” foram transformadas em hotéis. Na Villa Carlotta, por exemplo, o Chanceler alemão Konrad Adenauer passava suas férias.
Uma
das atrações de Como, é o Mausoléu de Alessandro Volta, que abriga muitas
das invenções do cientista italiano. Sua construção foi iniciada em 1927 e
terminou um ano depois. Uma curiosidade que tem a ver com o Brasil, deve-se ao
piso. O projetista, para significar que a invenção da pilha tinha sido a base
da aproximação dos povos de todo o mundo, pediu a todos os países da terra de
enviar um pedaço de granito para construir o piso do mausoléu. O primeiro país
que atendeu o pedido foi o Brasil e foi assim que, no centro do Templo Voltiano,
está um pedaço de Brasil, rodeado pelos granitos do resto do mundo.
Em
Como nasceu, além de Volta, um dos maiores historiadores e cientistas da
latinidade, Plínio o
Velho, que faleceu em Pompéia, no ano 79 d.C., durante a erupção do vulcão
Vesúvio. Ele estava embarcado num navio da frota romana e, para poder descrever
para a posteridade o andamento da erupção com seus efeitos, permaneceu a bordo
continuando a escrever, até morrer sufocado.
Para conhecer mais sobre Galvani e Volta clique aqui (em italiano e inglês)