Quello spaventoso rogo di 30 anni fa

O espantoso encéndio de 30 anos atrás

(da Il Messaggero di giovedì 17 aprile 2003) de ENRICO GREGORI
 
Mario Mattei aveva 48 anni e faceva il netturbino. Anzi, nel 1973 a Roma si chiamava ancora "monnezzaro". Ma lui, proletario tra i proletari della "rossa" Primavalle, era segretario della locale sezione del Msi. Un lavoratore che col suo umile mestiere dava da mangiare a moglie e a sei figli. Erano le 3 di notte di 30 anni fa quando una latta di benzina fu rovesciata sotto l’uscio della sua casa al terzo piano di via Bernardo da Bibbiena 6. Mario era a letto quando il bagliore delle fiamme investì le stanze, ma non riuscì a raggiungere i suoi ragazzi e si mise in salvo lanciandosi dal balcone. La moglie, Anna Maria Marconi, prese i figli più piccoli (Antonella di 9 anni e Giampaolo di 4) e con loro si rifugiò al piano di sopra dove tutti furono immediatamente soccorsi dai pompieri. Altre due ragazze dei Mattei, Silvia (19 anni) e Lucia (15) riuscirono a scampare all’incendio calandosi da un balcone. Intrappolati e senza scampo, Virgilio di 22 anni e Stefano di 10. Impossibile tentare di scappare dalla porta ormai squagliata perchè l’epicentro del rogo era proprio lì. Senza vedere nulla e con l’acre del fumo nella gola riuscirono ad arrivare a una finestra. Sussurravano "aiuto" e si dimenavano nel disperato tentativo di richiamare l’attenzione dei soccorritori; non avevano nè le forze nè la voce per gridare. Ma urlare a squarciagola sarebbe stato comunque inutile. Virgilio arrivava a sporgersi. Drammatiche foto dell’epoca lo ritrassero annerito e con il volto già devastato dalle fiamme mentre si protendeva verso un’impossibile salvezza. Stefano, invece, non arrivava al davanzale. Non si vedeva, se non quando si aggrappava al fratello maggiore per tentare di respirare qualche boccata d’aria. Tutto inutile. I vigili del fuoco li trovarono carbonizzati e abbracciati. Sotto la finestra che non riuscirono a scavalcare. Un orrore. Un episodio condannato da tutti a prescindere da quale posizione ognuno occupasse nel cosiddetto "arco costituzionale". Non ci fu spazio nè stomaco abbastanza forte per aride speculazioni politiche. Quei due ragazzi, consumati come torce, bruciarono le coscienze del Paese tutto. Mario Mattei tinha 48 anos e era gari. Ele, proletário entre proletários do bairro vermelho de Primavalle, em Roma, era secretário da secção local do MSI. Um trabalhador que, com sua humilde profissão mantinha a esposa e seis filhos. Eram três horas da madrugada de 30 anos atrás quando, terroristas das Brigadas Vermelhas, jogaram um tanque de gasolina embaixo da porta do seu apartamento ao terceiro andar de via Bernardo da Bibbiena 6. Mario estava na cama quando o brilho das chamas investiu os quartos. Ele não conseguiu alcançar os filhos e se jogou pela janela, enquanto a esposa, pegou os filhos pequenos de 9 e 4 anos e com eles foi para o andar encima, onde todos foram socorridos pelos bombeiros. Outras duas filhas de 19 e de 15 anos conseguiram se salvar descendo de um balcão. Os últimos dois filhos ficaram presos no quarto sem poder sair pela porta em chamas e, sem poder enxergar pela fumaça que ardia a garganta, tentaram chegar a uma janela. Sussurravam socorro e se mexiam na desesperada tentativa de atrair a atenção dos bombeiros, mas não tinham voz nem as forças para gritar. O maior dos dois chegou a colocar a cabeça fora da janela. Há algumas fotos dramáticas que o mostram, preto pela fumaça e com o rosto já devastado pelas chamas, enquanto se estendia rumo uma impossível salvação. O irmão não alcançava a abertura da janela e não era possível vê-lo a não ser quando se atirava em cima do irmão mais velho tentando respirar um pouco de ar. Os bombeiros os encontraram carbonizados e abraçados, em baixo da janela que não conseguiram pular. Um horror. Os dois rapazes, consumados como tochas queimaram as consciências de todo o País.

N.B. Um dos autores, condenado a 28 anos de prisão, conseguiu fugir e se refugiou no Brasil, no Rio, onde um tribunal brasileiro recusou a sua extradição.