Foi você quem elegeu o INSS para receber as contribuições previdenciárias? Você acha que sua aposentadoria futura está em boas mãos e que será recompensadora? Perguntas cretinas, respostas óbvias. A Previdência Social faliu, já dizia Hélio Beltrão nos anos 80. Previdência é uma simples relação entre contribuição e retribuição e, no caso brasileiro, a arrecadação é menor do que as despesas com aposentadorias e outros benefícios. O desastre atuarial agravou-se com a introdução dos trabalhadores rurais que nunca tinham contribuído e, também, com a aposentadoria de pessoas que, bastando o pagamento das 36 últimas contribuições, requereram suas aposentadorias, mesmo que nunca tivessem trabalhado. Isso sem falar nos funcionários públicos cujas aposentadorias representam 80% do prejuízo da "viúva". Solução: unificar os sistemas previdenciários público e privado; 2) passar o sistema para o regime de capitalização ao invés de ficarmos dando "jeitinhos" no ultrapassado regime de repartição; 3) aposentadorias somente "pro rata"; 4) privatizar o gerenciamento dos recursos, permitindo que o segurado escolha o melhor administrador. Falei em segurado para mostrar que previdência nada mais é do que um seguro de bem estar. E seguro é, tipicamente, atividade privada. É caríssimo o custeio da Previdência: um aposentado de 55 anos, ganhando R$ 3.000,00/mês, exige reservas de R$ 597.000,00. No regime de repartição o trabalhador paga para que o aposentado possa usufruir. O problema é que o dinheiro entra de manhã e sai à tarde. Com a capitalização cada um ficará responsável pelo valor de sua aposentadoria, e os que não puderem pagar por absoluta indigência econômica, e somente a estes, caberá ao governo sustentar. Sei que será difícil enfrentar o corporativismo que se instalou na Previdência e que confunde Governo e Santa Casa.