Feto é gente!

Os rumorosos casos de gravidez fora do matrimônio, vulgarizados como “produção independente” e de estupros, até mesmo de crianças, demonstram não apenas a violência, como a leviandade e falta de informação que ainda envolvem a origem e formação do ser humano. Esses temas se entrelaçam com o da terapia de vidas passadas, também muito em evidência.

Freqüentemente tais assuntos são discutidos em bases emocionais ou personalistas, desconsiderando o que a fé nos tem transmitido e desconhecendo o que a ciência nos vem confirmando. Muitas pessoas são assim influenciadas a imitar os erros de seus “ídolos” ou a aceitar “achismos”, firmando conceitos, tomando decisões e mesmo votando leis, sem uma sólida convicção, lastreada em base realista e confiável.

Comecemos com a terapia de traumas do passado, assunto que remete à regressão. Sabe-se há muito que tudo fica registrado no inconsciente. Daí a importância do acesso à essa memória, freqüentemente rotulado de “regressão”. Até há pouco tempo a regressão podia ser parcialmente experimentada através da hipnose ou de drogas. No entanto, essas duas práticas tendem a enfraquecer o crivo da razão, facilitando a que o paciente seja sugestionado, levado a interpretações equivocadas e induzido a erro.

A medicina normalmente lida com os sintomas e os efeitos, mesmo quando se refere a “causas”, enquanto a ADI se preocupa com o primeiro elo. Em verdade, essa técnica não trata das doenças, mas da pessoa do paciente, corrigindo as raízes originais, das quais derivam os efeitos inibidores de uma vida saudável, objeto também da cura interior e libertação espiritual, praticada no âmbito religioso.

Essa pesquisa, estritamente científica e imparcial, centrada em Belo Horizonte, Brasil, vem sendo desenvolvida por uma equipe multidisciplinar sob a coordenação da psicóloga Renate Jost de Moraes, agraciada com o título de “Benfeitora da Humanidade” pelo Vaticano. Seus resultados já foram relatados em muitas publicações e dois livros: “As Chaves do Inconsciente” e “O Inconsciente Sem Fronteiras”. (http//www.fundasinum.org.br).

Há vários núcleos credenciados praticando a ADI, inclusive no exterior. Mais de 90.000 depoimentos de pacientes relatam a existência de algo que transcende à mera biologia humana, denominado nessa pesquisa de “Eu-Pessoal”, que corresponde ao usualmente chamado de “alma”. Aponta ainda para a existência de uma memória ancestral, através da qual já se tem alcançado antepassados, até a mais de 100 gerações, onde cada pessoa mantém o seu próprio “Eu-Pessoal”. Este, portanto, só se vincula a um único corpo. O conhecimento pretérito, apenas parece ser de vidas passadas, mas em verdade decorre dessa memória ancestral, que à semelhança da memória genética, também compõe o que hoje somos.

Verificou-se, sem dúvida, que além de reter a memória ancestral, esse “Eu-Pessoal”, ou “dimensão humanística”, é único para cada ser, isto é, tem apenas uma passagem pela vida terrena e continua existindo após a morte biológica,

A análise dos dados obtidos pela ADI comprova que a maioria das experiências traumáticas ocorre durante a gestação. O relacionamento entre os pais, o que estes dizem, sentem e até o que pensam, fica indelevelmente gravado no feto, podendo se refletir em seu corpo e em seu psiquismo, conforme a escolha ou postura que o feto decide adotar, usando do livre arbítrio de que é dotado desde a concepção. A alteração, tanto psicológica quanto biológica da matriz original do “Eu-Pessoal” sadio, é acatada pelo cérebro e se expressa em desequilíbrios orgânicos ou psíquicos, que no entanto, podem ser revertidos através de comandos exercidos através do mesmo livre arbítrio, nesse nível da memória inconsciente.

Tudo fica gravado no inconsciente. Exemplificando pela descrição da cena traumática feita por uma paciente, ao observar seu terceiro mês de gestação: Meu pai está sentado no banquinho da cozinha coçando o dedão grande do pé; minha mãe está cozinhando no fogão. Indaga o terapeuta: Essa é uma cena doméstica usual; o que aí a traumatizou ? Ah !, responde a paciente, é que meu pai está muito aflito porque perdeu todo o dinheiro, vai ter que vender a casa de minha avó e não sabe para onde vai levar minha mãe e a mim!. Portanto as reações do feto aos pensamentos e sentimentos do pai ficaram todos indelevelmente registrados em seu inconsciente, embora seu pai não os tenha externado visívelmente ou explicitado audivelmente! O que se dirá dos casos em que os pais expressam o desamor entre si e negligenciam ou mesmo rejeitam seus filhos, que acima de tudo desejam amar e se sentir amados?

Outra revelação extraordinária é a de que o “Eu Pessoal” assiste à fecundação. Ele observa que uma extraordinária Luz, impregnada de indescritível Amor, que todos entendem ser o próprio Criador, perpassa os pais, dotando o novo ser de seu próprio “núcleo de Luz”. Ele “sente” a carga hereditária que vem dos pais e usando de sua liberdade, aceita ou rejeita, o que lhe apraz. Suas decisões equivocadas vão bloqueando a Luz e o Amor, a cuja fonte, no entanto, pode sempre retornar, para refazer integralmente sua vida. Esse o testemunho de milhares de pacientes, mesmo nos casos de estupro, independentemente do credo, raça, status social ou nível de escolaridade. Portanto, cada gestação é um ato do Amor Criador, uma semente do Amor, criada com amor e para o amor.

Reforça-se assim a importância dos aspectos espirituais e conclui-se que o ato sexual não é uma brincadeira inconseqüente, nem apenas um simples impulso biológico, mas uma verdadeira parceria com o Criador na renovação do ato da criação e da perpetuação da espécie humana. Comprova-se ainda que além de tudo perceber e registrar via inconsciente, o feto tem liberdade e vontade próprias. É portanto um ser humano completo, com corpo e alma, consciência de si e livre arbítrio, desde a concepção. Essa realidade impõe uma séria reflexão quanto à liberdade sexual, a importância da família solidamente constituída e unida pelo vínculo do amor e, especialmente, quanto à gravidade do aborto voluntário, perpetrado contra um ser completo, mas ainda totalmente indefeso nessa fase inicial de sua existência biológica. Seu “Eu-Pessoal” o precede, pois que “vê” e pode descrever a própria fecundação de sua parte biológica. A pesquisa revela ainda que o “Eu-Pessoal” da criança é totalmente distinto e diferente do da mãe.

Eis porque se deve enaltecer o núcleo familiar solidamente constituído e a paternidade responsável, decorrente de uma gestação desejada e não se deve simplesmente eliminar os efeitos de um ato sexual irresponsável, assassinando um ser humano inocente e indefeso.

Muitos outros registros confirmam a existência no ser humano de algo além da matéria, que recebe a marca do Criador na origem e passa por uma revisão de vida ao término da vida biológica.

Seus estudos com pacientes terminais, desde 1965, relatados inicialmente em Vida depois da Vida, em 1975, contam já com milhares de descrições da “revisão de vida”, espécie de juízo particular, pelo qual todos passam, levando a uma mudança de atitude para com Deus e para com o próximo.

Eu sou o teu Pai Celeste ... Eu sou Aquele que te cura, Eu sou o teu Redentor, sê-lo-ei sempre, não te abandonarei nunca , Eu te amo ... Eu sou Deus, teu Pai Celeste. Compreende por que razão Eu estou contigo. Eu, Deus, farei a mesma coisa com todos os outros meus filhos e filhas, uma vez que vós sois todos meus. .. Lembra: Eu, Deus, amo-vos a todos. (Volume I, p. 59 e 60. em 12/10/2986)

“Minha Criação, vós pertenceis-Me, vós sois as Minhas sementes. Bem amados, Eu sou o vosso Salvador. Quereis regressar a Mim ? Quereis lançar-vos nos Meus Braços ? Perdoarei os vossos pecados. Se vos arrependerdes, Eu perdoar-vos-ei. Ouvi o pulsar do Meu coração; cada pulsação é um convite feito a uma alma”, (Volume II, p. 129, em 4/2/1988.)

“Falta o amor. Muitos pais se lamentam da desobediência de seus filhos, enquanto eles próprios se comportam exatamente do mesmo modo. Comigo poderão eles realmente afirmar que têm virtude, paciência e compreensão em abundância ? Se tivessem realmente essas virtudes, também seus filhos teriam a virtude da obediência e honrariam seus próprios pais.” ...

... Tu sabes que te proibí matar, geração! Se vós vos dizeis Meus e vos proclamais parte da Minha Igreja e pregais contra o homicídio, então, por que matais ? Tereis porventura a pretensão de afirmar que tendes razão e insistireis na vossa inocência, diante de Mim, no Dia do Juízo, quando a verdade é estardes a acumular homicídios de filhos, ainda antes do nascimento ? Do Céu vejo cenas aterradoras. Ah! Quanto sofro, ao ver como o seio que forma esse filho o rejeita e o atira para a morte, sem um nome e sem um lamento sequer. (Volume IV, p. 19 e 20, em agosto de 1990).

Depois, um Sopro roçará pela tua vista ... “Será este um período de angústia tal, que não terá havido outro semelhante, desde que existem nações, até àquele tempo” (Dn 12, 1), uma vez que permitirei à tua alma perceber todos os acontecimentos da tua existência; Eu mesmo te os revelarei um a um. Com grande consternação da tua alma, conhecerás quanto sangue inocente de almas vítimas os teus pecados fizeram derramar. Então, farei ver e tornar consciente a tua alma de como nunca tinhas seguido a Minha Lei. Como um pergaminho que se desenrola, abrirei a Arca da Aliança e far-te-ei consciente da tua falta de respeito com a Lei. Se tiveres ainda ficado com vida e de pé, os olhos da tua alma verão uma Luz deslumbrante, semelhante ao cintilar de inúmeras pedras preciosas, como o brilho cristalino de diamantes, uma Luz tão pura e resplandescente que, embora miríades de anjos estejam presentes, em silêncio, à sua volta, tu não serás capaz de os ver completamente, porque essa Luz os envolverá como que em pó de ouro; a tua alma perceberá apenas as suas formas, mas não os seus rostos. Então, no meio desta Luz cintilante, a tua alma verá aquilo mesmo que já viu, numa fração de segundo, no justo momento da tua criação ... Eles verão: Aquele que, em primeiro lugar, vos teve nas Suas Mãos, os Olhos que, em primeiro lugar vos viram, Eles verão: As Mãos d´Aquele Que vos formou e abençoou ... Eles verão o Mais Terno Pai, vosso Criador, inteiramente revestido de um terrível esplendor, o Primeiro e o Último, Aquele que é, que era e que há de vir, o Onipotente, o Alfa e o Ômega, o Soberano. (Livro IV, p. 268-269, 15/9/1991).

Com muita clareza e insistência estão previstos nas revelações de Garabandal, o Aviso, que é justamente a revisão de vida, o juízo particular ainda em vida, seguido do Milagre e do Castigo.

Ressalta a urgência da mudança de vida, da “metanóia”.

Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho para a região montanhosa, dirigindo-se apressadamente a uma cidade de Judá. Entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Ora, quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre e Isabel ficou repleta do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre! Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visite ? Pois quando a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria em meu ventre. Feliz aquela que creu, pois o que lhe foi dito da parte do Senhor será cumprido!” (Lc 1, 39-45).

Não temais os que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Temei antes aquele que pode destruir a alma e o corpo na geena. (Mt 10, 28).

Ao retornar, depois de atingida por um raio e passar pela revisão de vida (o que também ocorreu com muitas outras pessoas, como o traficante de armas Dannion Brinkley):

“... Falei com o meu noivo, e contei-lhe. Ficou surpreendido. Eu esperava que me dissesse que nos casássemos! Eu tinha 16 anos e ele 17. Mas ele disse que não íamos estragar nossa vida, que eu tinha que abortar! ... Ó irmãos, que tristeza! Que dor tão grande! Como o demônio nos faz ver as coisas! Como se não fosse nada, como se fosse algo sem importância! Como se um aborto provocado fosse o mais natural do mundo! Que até é uma estupidez sentir-se mal! Que o sexo é para desfrutar, sem remorso, sem culpas! Mas sabem por que é que o maligno faz isso ? Por que leva as pessoas a isso ? Porque, entre outras razões, precisa de sacrifícios humanos, porque, com cada aborto provocado, satanás adquire mais e mais poder. Ninguém pode imaginar o susto, o medo, e a sensação de culpa quando cheguei a esse hospital, bem longe de casa, para fazer um aborto! O médico me anestesiou. Mas quando acordei, nunca mais fui a mesma! Mataram aquele bebê, e eu morri com ele – Chora. Sabem, o Senhor mostrou-me no Livro da Vida, aquilo que não vemos com os olhos da carne, aquilo que aconteceu quando o médico fez o aborto. Eu vi o médico que, com uma espécie de tenaz, agarra o bebê e o parte em pedaços. Esse bebê grita com tanta, tanta força!

Armando Tomzhinski