Os
frangos «São criados com antibióticos proibidos na Europa, mas custam menos
que os italianos». A Legambiente Italiana denuncia os riscos
sanitários ligados às carnes de aves importadas de Países extra União Européia,
entre eles, o Brasil e a Tailândia. «Dois países onde as normas legislativas
a este respeito se distanciam enormemente das normas comunitárias. Assim, uma vez
que passam a alfândega, tornam-se carnes nacionais, totalmente indistinguíveis
daquelas nacionais», foi o que afirmou o diretor geral de Legambiente,
Francesco Ferrante. «O risco principal - continua Ferrante na sua denuncia ao
Governo italiano e à Comissão e ao Conselho da União Européia - consiste na
importação de carnes tratadas com substâncias perigosas, quais o cloramfenicolo,
os nitrofuranos e produtos que contêm estes princípios ativos,
proibidos na Europa desde 1996, enquanto suspeitos de provocar patologias gravíssimas,
como a anemia aplástica e o câncer. Tais antibióticos, porém, foram
utilizados no Brasil até maio de 2002 e, graças a adiamentos das medidas e aos
tempos de conservação até 12 meses, podem ter contaminado produtos que
continuarão a circular durante longo tempo, ainda. A situação é alarmante, pois,
no último ano, as importações extra UE, em particular do Brasil e da Tailândia,
aumentaram para mais que os 100% com relação ao ano passado e, tal percentagem
está destinada a subir, pois a carne está sendo importada, em sua na maior
parte, com impostos facilitados». «Torna-se, portanto, de fundamental importância
para a tutela da saúde pública, que as autoridades garantam que as carnes
importadas tenham sido produzidas e abatidas respeitando todas as normativas
sanitárias comunitárias e, portanto, providenciem a suspensão imediata das
importações dos países que não podem, de fato, garantir a observância destas
regras».
E o que vai acontecer com o consumidor brasileiro?