Quantas vezes os turistas, mas, sobretudo, os cariocas, passam
pela cidade de Rio Bonito
em direção das praias oceânicas sem imaginar que essa pequena cidade bem
merece uma visita. Com muito prazer ITALIAMIGA sente a obrigação de
mostrar, ao mundo e aos cariocas, que vale a pena visitar este
lugar interessante pela sua história e lindo pela sua natureza. A matéria nos
foi gentilmente oferecida pela Secretaria Municipal de Agricultura, Indústria,
Comércio e Turismo de Rio Bonito.
As terras que hoje fazem parte de Rio Bonito eram, na época de seu desbravamento, habitadas por índios Tamoios e constituíam parte integrante da Capitania de São Vicente; alguns buscam origens desse desbravamento nos primórdios do séc. XVI, atribuindo aos expedicionários deixados por Américo Vespúcio em 1503 na Praia de Cabo de Rama, hoje enquadrada no território de Cabo Frio. Consta ainda que os primeiros proprietários de terras de Rio Bonito tenham sido Paulo da Mota Duque Estrada a quem foi concebida em 14 de maio de 1751 uma sesmaria (grandes pedaços de terra que o governo doava a cidadãos, no geral Portugueses, vindos da corte, para colonizarem o interior do Brasil), e Pedro de Souza Pereira a quem couberam os " Campos detrás da Serra Tapacurá" entre os rios de Caseribú e o Tanguá em 22 de outubro de 1682. Há a possibilidade desses dois donatários de sesmarias terem tentado colonizar essas terras ou mesmo desbravá-las. Todavia, o que ainda não sofreu contestação foi a notícia de datarem de 1755 as primeiras penetrações conhecidas em terras de Rio Bonito. Entre os colonizadores chegados por essa época, destacou-se a figura do sargento-mor Gregório Pinto da Fonseca que fundou a fazenda nesta localidade pelo nome de "Madre de Deus" , em homenagem a padroeira da capela ai erigida, posteriormente, a expensas do referido sargento. Cinco anos após a chegada dos colonizadores, a povoação devia contar com regular agrupamento demográfico, porque a 18 de abril de 1760 a sua pequenina capela era agraciada com o título de Curada. Pouco tempo permaneceu ela nessa categoria, o que indica a rapidez da prosperidade verificada na povoação. Transcorridos apenas 8 anos, após o reconhecimento de sua capela como Curada, recebeu a localidade o predicamento de Freguesia, sob a invocação de Nª. Srª. da Conceição do Rio do Ouro, por força da provisão de 27 de agosto de 1768.
Passados anos, arruinou-se o prédio da capelinha de Madre de Deus que servia de Matriz para a nova Freguesia; foi ela substituída por outra maior. Esta nova igreja, segundo as crônicas da época, foi construída a uma légua da primeira sob a proteção de Nª. Srª. da Conceição, passando a Freguesia a ser conhecida pelo nome de Nª. Srª. da Conceição de Rio Bonito. A nos guiarmos pelos relatos de Millet de Saint Adolphe, curta foi a duração desse novo templo " por não ter sido fabricado com bons materiais" o que deu motivo para que arruinasse rapidamente, ensejando a construção do belo templo de hoje cuja construção foi iniciada em 1816 e concluída em 1820. Nessa época a Freguesia atravessava uma fase de notável prosperidade fundamentada em florescente agricultura, na qual sobressaía de modo relevante a atividade do elemento negro escravizado. Após o curto ciclo da cana de açúcar, o café cuja cultura em Rio Bonito foi iniciada em princípios do séc. XIX, empolgou os fazendeiros locais, vindo a construir uma das maiores fontes de riqueza da região. Em 1846 o governo provincial, reconhecendo o progresso e a prosperidade da Freguesia de Nª. Srª. da Conceição de Rio Bonito, exigiu que fosse concedida autonomia político-administrativa erigida em Vila para efeito da Lei nr. 381, de maio deste ano desmembrando o seu território da Saquarema e Capivari (atual Silva Jardim). Posteriormente a Deliberação de 30 de maio de 1846, estabeleceu limites para o novo município. A criação do município, datada em 7 de maio de 1846, veio favorecer ainda mais a economia da localidade que em 1880 recebeu novo incremento em virtude da inauguração a 18 de agosto desse ano de um ramal da Companhia Ferro-Carril Niteroiense, cujo ponto terminal localizava-se em Rio Bonito. Desta forma, tornou-se a sede da Vila um grande centro de comércio de seus produtos e fez com que desfrutasse a sua condição de estação terminal para onde convergiam os produtos das zonas circunvizinhas. Sofreu Rio Bonito um rude golpe em sua estrutura econômico-social com a libertação dos escravos que mourejavam em suas terras, desorganizando-se todo o trabalho agrícola. Agravou-se ainda mais a situação com o prolongamento até Macaé dos trilhos da estrada de ferro que a servia, trecho inaugurado logo após a abolição em dezembro de 1888. Assim, não só a lavoura como o comércio sofreram forte abalo. Os habitantes de Rio Bonito conseguiram atravessar bravamente o período crítico porque passou a economia municipal nesse período. A sede da Vila elevou-se a categoria de Cidade para efeito do Decreto Estadual nr. 37, de 16 de janeiro de 1890. O nome Rio Bonito provém do ora escasso filete d´água que corta a cidade cujo aspecto atual não causa tanta admiração como no passado, pois era realmente de uma beleza sem par nas suas cabeceiras, onde filetes prateados e rumorejantes serpenteavam através da mata espessa, ora fluindo a céu aberto, ora tragado pelas fauces sedentas, de um breve canal subterrâneo e faziam as pessoas dizerem admiradas - Ah! Que Rio Bonito.
Fundada
por Francisco Marinho Machado, levantada com Provisão de 09 de novembro de 1782
e bênção em 1© de janeiro de 1786. Considerada um monumento da arquitetura
nacional, exemplar da fase final do estilo barroco brasileiro, tombada em 13 de
março de 1970 pelo IPHAN. Localizada no Basílio, localidade que tem este nome
devido a Francisco Marinho Machado, mais conhecido pelo apelido, Basílio.
OBS: Marcar Visitação com a a Secretaria de Turismo
Construída em 1816. "Tem em sua arquitetura, absorção de alguns elementos neoclássicos. É uma construção de traços refinados, composta de nave principal, coro, batistério, sacristia, capelas laterais, torre e altar com imagem de Nossa Senhora da Conceição em madeira entalhada. Suas paredes e teto possuem acabamento em pintura artística". A imagem da padroeira é a mesma desde a inauguração em 1820. Permaneceu como foi construída até 1946. Em 1946, o Monsenhor Antônio de Souza Gens concluiu ser necessária uma reforma para melhor conservação, o que é feito, e nesta época, então, é construída a torre. Em 8 de dezembro de 1997 novos sinos substituíram os antigos. É um conjunto de três (3) sinos dedicados a N. Srª da Conceição, N. Srª das Dores e N. Srª de Sant'Ana. A Igreja Matriz está situada na Praça Fonseca Portela.
OBS: Igreja aberta diariamente das 8 às 18 hs.
Obra
iniciada em 21 de agosto de 1859 e concluída em 19 de agosto de 1872. Erguida
pelo trabalho escravo. Construída por empenho e doação de materiais feita por
Alexandre Pereira dos Santos cujos restos mortais encontram-se em sua nave. No
cemitério atrás da igreja repousam os restos mortais da Família Portela.
OBS: Igreja aberta diariamente das 8 às 18 hs.
Situada na Pousada Relicário em Braçanã do seu interior temos a descrição de Dona Brisdalina Cardozo, que tanto participou da vida religiosa daquela localidade. A nave principal era composta de batistério e coro estruturado na madeira que ficava logo acima da porta principal. Em seu altar-mor, entalhado em madeira, ao centro ficava a imagem de Nossa Senhora da Conceição ladeada por outras duas imagens menores, uma de São João Batista e outra de Santa Bárbara. Dum lado da nave ficava a sacristia; do outro, a torre com sino de bronze onde se lê: Fundido em Braga, Portugal especialmente para Nossa Senhora da Conceição de Braçanã de Cima - 1826. Hoje, em Ruínas, Conserva no entanto a torre e o sino.
OBS: Marcar visitação na Secretaria de Turismo.
Em pedra mármore, inaugurado na Praça Fonseca Portela em 1857. Ostenta a seguinte inscrição: Na vice-presidência do Exmo. Dr. João Manuel Pereira da Silva - 7 de setembro de 1857.
OBS: Atualmente esta fechada para obras.
Ponto referencial da cidade. Anteriormente Largo da Matriz, inaugurada em 1932 com o nome atual. Pérgula e coreto a compõem. Ostenta o marco dos 100 anos de emancipação político-administrativa e o dos 150 anos. Nela, também compondo-a, encontra-se o Chafariz, em pedra mármore, inaugurado no ano de 1857. Ostenta a seguinte inscrição: "Na vice-presidência do Exmo. Dr. João Manuel Pereira da Silva - 7 de setembro de 1857." Podem ser vistos os marcos que estão na Praça: · Próximo ao chafariz, comemorativo da passagem do 1º centenário de emancipação político-administrativa de Rio Bonito, onde se lê a sentença proferida pelo poeta Hélio Nogueira: "Aos pósteros, a crença do presente e o exemplo edificante do passado ". Datado de 7 de maio de 1945 e contém o nome logo abaixo da data o nome do Dr. Eugênio Cordeiro, prefeito municipal na época. · O segundo marco refere-se à passagem dos 150 anos de emancipação político-administrativa do município, com os seguintes dizeres: "Que sirva este marco como atestado da confiança nos altos destinos de nossa terra". Assina-se José Luis Alves Antunes e todo seu secretariado em 7 de maio de 1996.
OBS: Atualmente esta fechada para obras.
O conde D'Eu e a Princesa D. Isabel vieram a passeio ( segundo relata José Pereira de Mendonça em seu diário, o que se lê na Monografia de Rio Bonito ) na Freguesia de Boa Esperança em 12 de julho de 1868. O poeta B. Lopes quando adulto, lembra o fato, quando dele se recorda em uma de suas poesias ao citar "Seu Alexandre, um bom velhinho rico que hospedara a Princesa ". A casa, térrea, simples, é exemplo do primitivismo de nossa sociedade colonial : " abundância de mão de obra determinada pela existência do trabalho escravo, mas ausência de aperfeiçoamentos. A casa fica situada na Praça B. Lopes, Boa Esperança e não é aberta para visitação interna .
OBS: Visitação é feita apenas pelo lado de fora da casa
Inaugurado em 1996 "um centro cultural comunitário onde dividem -se em duas salas : um pequeno museu e uma biblioteca. Um de seus objetivos, quando de sua organização era ser um referencial da cultura local, uma pequena casa de cultura. Nele são encontrados dados biográficos de pessoas expressivas do 2º distrito, fotografias, livros sobre Rio Bonito e xerox das obras de Bernardino da Costa Lopes - o poeta B. Lopes ( 1859 - 1916 ). A partir de sua inauguração propiciou diversos cursos de artesanato. Situado na Praça B. Lopes, Boa Esperança.
OBS: Marcar visitação na Secretaria de Turismo.
Criada pela Lei n© 421 de 1© de dezembro de 1992. Dispõe de acervo documental, artístico e cultural, visa "estimular e organizar as variadas formas de expressão da cultura em desenvolvimento no município ". Localizada na Praça Fonseca Portela, suas salas são denominadas Iacy de Mattos Kopke, Oscar Nunes e Hélio Nogueira. A Casa de Cultura Poeta Hélio Nogueira - instrumento de política cultural - foi criada para desempenhar "um papel insubstituível de organização da cultura ".
OBS: Aberta de segunda a sexta- feira das 11 as 17 hs. Marcar visitação na Secretaria de Turismo.
Situado em Tomascar, tendo como referência a Escola Municipal José Claudionor Rosa cuja localização é bem próxima, o engenho é constituído de um casarão grande, antigo, coberto de telha canal, possuindo paredes largas que por si só denunciam a passagem do tempo. Nele, a ceifadeira - cortando a mandioca, transformando-a em massa; depois, a prensa - que lhe retira a água até secar e o tambor - onde a farinha é torrada. Todo o processo é movido à água através de uma roda que a recolhe por meio de uma caneleta colocada na direção da nascente do rio. Remontando aos tempos passados, o engenho atesta a capacidade inventiva do homem e, vindo do princípio deste século, constitui-se numa obra de arte e num patrimônio de cultura digno de ser visitado e apreciado. OBS: Aberta de segunda a sexta- feira das 11 as 17 hs. Marcar visitação na Secretaria de Turismo.
Situada na Praça Pietro Violante no bairro Bela Vista é de há muito tempo conhecida, havendo quem dela se recorde desde 1917. O nascedouro d 'água, o qual mais tarde receberia o nome de "biquinha ", é anterior à criação do bairro e a água "brotava do chão como se fosse uma mina formando uma bacia de areia muito fina." Hoje, o recanto é visitado por turistas, usado como cenário para fotos e filmagens, além de continuar oferecendo a quem precisar, um lugar para descanso e uma água pura e cristalina.
OBS: Aberta diariamente das 8:00 as 19:00 hs.
Pitoresco seria a denominação mais adequada ao Parque da Caixa D'água de Rio Bonito. Situado na Serra do Sambê, de fácil acesso, bastando que o visitante percorra a Rua Salgado Filho e se disponha a subir um pouco pela Cortina Laxe, uma rua calçada, até chegar aos seus portões. Daí em diante observará a mudança de temperatura, os blocos graníticos misturados à vegetação natural e à passarada. A Pedra do Índio Chorão - como foi denominada pelo povo, a gruta de Nossa Senhora, a água que cai - "uma linfa tão cristalina e pura que mais parece filtro mágico encantado, capaz de remover das vísceras de quem a usa,, as mais rebeldes impurezas", os bancos...as flores...a brisa... "Tudo, enfim, convida ao êxtase, ao repouso, ao sonho!" A deliberação n.º 312 de 24 de abril de 1967, assinada pelo Prefeito Antônio Lopes de Campos Filho cria o Parque da Caixa D'água considerando-o pelo artigo 2º constituído por todos os terrenos da Prefeitura Municipal situados na Serra do Sambê e pelo artigo 4º, destinando-o a servir de proteção aos recursos naturais, à nossa flora e fauna do município.
OBS: Aberta diariamente das 9:00 as 18:00 hs.
A
rampa de asa delta localizada na serra do Sambê tem o nome de Admário Ribeiro
de Oliveira, em homenagem a este que tinha um grande amor pelo esporte. a rampa
foi inaugurada no dia 09 de maio de 1998 , tem 610 m de altura, possui 8 m de
largura e 10 m de comprimento e 700 metros de altitude. construída em forma de
leque oferece ótimas condições de decolagem e de lá já saltaram o
recordista sul americano de permanência no ar Rafael Watson, o norte americano
Mitch McAller, 8 vezes campeão mundial de acrobacia e outros pilotos de renome
nacional.
Rua José Miranda da Mota, 638 - serra do sambê, com bibiu fone: 963-15743 ou baú fone: 734-0318
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