...E da espuma saiu uma deusa modesta e bela, e a grama começou a brotar por baixo do seu delgado pé. Deuses e homens chamam-na Afrodite, porque ela se formou da espuma, e Citereia, porque ela se aproximou de Cítera, e nascida-de-Chipre, porque ela nasceu na Chipre, levada pelo mar...
Tendo que imaginar onde poderia ser possível gerar da espuma do mar o símbolo da beleza feminina, podemos pensar, apenas, num lugar onde a beleza habita, onde natureza e homem conviveram e convivem em simbiose. Estamos falando de Afrodite e da Grécia, imagem e essência da pulcritude, onde tudo começou e de onde tudo o que contribui a formar o acervo cultural ocidental provem. E a presença grega nós encontramos em nossas linguagens, em nossos sentidos estéticos, na nossa ética e, até, em nosso sermos homens. Os romanos, primeiramente, os árabes, depois, tiveram o mérito de assimilar e espalhar esta produção de cultura, pelo mundo afora. Ser grego era sinônimo de ser culto. Lucrécio, na sua obra-prima “De rerum natura” – Sobre a natureza das coisas –, fez questão de sublinhar a descendência grega dos romanos e, sobretudo, a descendência divina deste povo, quando escreveu, falando de Vênus: “Aeneadum genitrix, hominum divomque voluptas, alma Venus...” “Genitora dos enéades, volúpia dos homens e dos deuses, alma Vênus...”, onde os romanos são chamados de enéades, descendentes de Eneas.
Natureza e beleza, arte e cultura estão ligadas intrinsecamente à Grécia e na Grécia. Como um muçulmano não pode morrer sem ter visitado a Meca, o homem ocidental não pode deixar de visitar o País de Afrodite, de Platão, de Sócrates, de Fídia, de Péricles et cetera. E, para unir o útil ao agradável, aproveitar da cultura para conhecer o lado turístico desta terra acolhedora e fantástica. Na seqüência fotográfica, eis alguns dos lugares mais bonitos.
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 Acima, a Ilha de Delos (dir.) e seu ocaso Delos (esq.). Abaixo, Teatro de Epidauro (esq.) e Templo das Cariátides em Atenas (dir.) |
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