Signos e sonhos da terra

Edoardo Pacelli, extraído do artigo de Carmela Piccione - Aprile 2002da ADNkonos

Roma, Città del Vaticano: la celebre "Galleria delle Carte geografiche" commissionata a Ignazio Danti da Papa Innocenzo VIII tra il 1560 e il 1580.Você gostaria de mergulhar numa extraordinária viagem no tempo? Saborear climas, ambientes, civilizações? Tocar com as mãos antigos mapas, globos terrestres, velhas cartas geográficas, que têm sobrevivido ao longo dos séculos, antes que a conquista do espaço e tecnologias sofisticadas, inelutáveis em sua perfeição, permitissem a descoberta de novos mundos?. Este universo a ser descoberto e saboreado com os olhos nos está sendo oferecido pelo Palazzo Reale (Palácio Real) de Milão, em colaboração com a gloriosa Editora De Agostini, por meio da exposição "Signos e sonhos da terra. O desenho do mundo, do mito de Atlante à geografia das redes". Uma viagem única, no gênero, que repercorre as etapas de um caminho infinito visando à descoberta do nosso planeta, representado, em maneira real, interpretado através de símbolos e ícones mitológicos, religiosos, etnográficos, botânicos e zoológicos. A editora De Agostini festeja seus primeiros cem anos de atividade "ao serviço do homem e da ciência", com duas iniciativas: um precioso volume, contendo mais de duzentas imagens, e esta exposição milanesa, revelando um universo de fábula, permeado de fascinantes nomes e segredos a serem desvendados. Astrolábios, globos celestes, esferas armilares, planisférios, cartas náuticas e terrestres, plantas marmóreas da antiga Roma (do III século d.C.), manuscritos esculpidos com tinta sobre pergaminho, incisões sobre madeira e tábuas de cobre miniado. Encontram-se igualmente, curiosos mapas gravados sobre pele de bisão, que pertenceram à tribo dos Quapaw, (América do Norte), ou desenhados sobre cortiças de bétula. Além desses, globos terrestres confeccionados à maneira da sanfona (Carl Bauer, 1825), com imagens de papel cuchê em versão de bolso, contidos dentro de estojos esféricos, em pele de peixe. O secretário da Cultura da prefeitura de Milão, Salvatore Carrubba, lembrou que a exposição representa o espelho da evolução científica do homem, "daquela sua extraordinária capacidade de acompanhar e favorecer a pesquisa - afirmou - com a construção de instrumentos sempre mais refinados e precisos, unida à habilidade manual e artesanal de grandes artistas". A cartografia como símbolo de conhecimento e de poder, de domínio e controle: militar, estratégico, infalível, para inspecionar territórios, evidenciar pontos de força e pontos fracos dos inimigos. Para atacar e se defender, as cartas e os mapas serviram, ao longo dos séculos, igualmente, para gerenciar territórios. Interessantes "cartas temáticas" estão zelosamente guardados na Biblioteca Ambrosiana de Milão e são assinadas por Leonardo da Vinci. O grande cientista se interessou pessoalmente, transcrevendo o sistema hidrográfico e hidráulico da cidade. Nem todos sabem que as cartas podiam esconder outros significados, entrando em relação estrita com o mundo desconhecido, de maneira fantasiosa e imaginária. Aconteceu com o mapa de Salteriò, o mais antigo do ocidente cristão (século VIII d.C.). No centro do mapa, Jerusalém, cidade símbolo, coração do universo. Conta-se que as cartas murais e os globos eram considerados documentos fundamentais para a educação dos jovens príncipes nos séculos XVI e XVII, representando os primeiros contatos com seus domínios; terras, propriedades, cidades sobre as quais, um dia, teriam governado. Freqüentemente as cartas transformavam-se em bem precioso, servindo para adular e cortejar os senhores durante a Renascença. De maneira concreta e persuasiva os cartógrafos mostravam a amplitude do poder deles. Todos os meios eram justificados e se tornaram, ao longo dos tempos, extremamente eficazes. Globos, modelos tridimensionais, mapas pintados sobre telas ou tecidos, gravuras coloridas manualmente, outras realizadas com latão, pedras e mármore. Um exemplo para todos é o "Globo celeste de Vaduz" (que pertence ao Príncipe do Lichtenstein), realizado em latão fundido, em relevo, gravado e burilado, folheado a ouro, com inscrições helicoidais. Mas a mostra e o volume da De Agostini visam igualmente o futuro, o espaço cibernético e tecnológico que revolucionou, a partir de 1972, a cartografia e a observação da Terra. Trata-se, de fato, de um ano importante, pois, à época, foi colocado em órbita o primeiro satélite civil, (Land Sat) para a colheita de dados sobre a superfície terrestre. Automaticamente o passado se anulou, só nos fica a memória, a lembrança como eco longínquo. Hoje os meios para medir a Terra são extraordinariamente perfeitos, utilizando-se modernas experimentações, como raios infravermelhos, microondas, radiações invisíveis. O mundo muda, perseguindo realidades virtuais, mas restam-nos os sonhos, os de sempre: a busca espasmódica de um além misterioso e desconhecido, a ser desvendado e desmascarado. "Fatti non foste a viver come bruti, ma per seguire virtute e conoscenza" (Vocês não foram feitos para viver como brutos, mas para seguir virtudes e conhecimentos), como cita o Ulisses de Dante. Realidade insuprimível, necessária; sentimento que nos envolve, ao qual o ser humano, ao longo dos séculos, nunca opôs resistência. Intrépido, atrevido, impávido, corajoso? Não, simplesmente homem.

As fotografias são da ADNKronos

Un Astrolabio firmato "Abdollah Molla Badi-oz-Zama, 535 dell'Egira" del 1140 d.C. in bronzo (diametro 11 centimetri). Una "Mappa cosmologica" azteca in Codice Fejrvary-Mayer del 1400-1521 circa, una delle più famose rappresentazioni cosmologiche mesoamericane. Roma, Città del Vaticano: la celebre "Galleria delle Carte geografiche" commissionata a Ignazio Danti da Papa Innocenzo VIII tra il 1560 e il 1580. Un "Globo celeste" di epoca romana (150-220 d.C.) in ottone di 11 centimetri di diametro
Un "Globo terrestre" di Vincenzo Coronelli del 1697. E' uno dei pochi globi di Coronelli di piccole dimensioni (8,5 centimetri di diametro). Una "Sfera armillare copernicana" realizzata dallo spagnolo Pedro Martin de Lopez nel 1840 circa. Uno "Strumento Universale di Reichenbach" realizzato dagli astronomi Reichenbach e Utzschneider a monaco di Baviera nel 1814. Mappa "Universale in proiezione ovale" di Francesco Rosselli del 1508 circa.