Edoardo Pacelli - Rio de Janeiro, 27/28 e 29 de junho de 2002
Nos dias 27 e 28 de junho, no Hospital dos Servidores do Rio de Janeiro, a
Associação do santo Sudário organizou o I Congresso Internacional da Sindone.
Ao encontro participaram alguns dos mais prestigiados estudiosos do Santo
Sudário: os professores Bruno Barberis, presidente e diretor do Centro di
Studi della Sindone e do Museu
da Síndone, de Turim, Ian Wilson, americano que reside na
Austrália, o norte-americano, John Jackson, do Centro Sudário de Turim do
Colorado, USA, Leoncio Garza-Valdes, USA, Marie-Claire Oosterwyck-Gastuthe, de
Aubergnon, na França, Emanuela Marinelli, de Roma, Aldo Guerreschi de Turim, e
Maurizio Bettinelli de Piacenza, na Itália, dom Augusto Bonelli, de San Felice
Circeo, também na Itália, e o doutor Jorge Enrique Grau Carreño, da
Argentina. Os trabalhos foram presididos pelo presidente da Associação, doutor
José Humberto Cardoso Rezende.
Os principais assuntos tratados foram: A história do Sudário antes do século XIV; A datação com o Carbono 14; A impossibilidade de fraude do Sudário; As mais recentes atividades e pesquisas do Centro Internacional de Sindonologia de Turim; A tridimensionalidade do Sudário.
Duas, porém, foram as temáticas que se destacaram: a impugnação do teste de carbono14 e o cálculo probabilístico da autenticidade do Santo Sudário.
Para o que diz respeito ao teste do Carbono 14, executado por três laboratórios internacionais (o de Tucson, nos USA, de Zurique, na Suiça, e de Oxford, na Grã Bretanha), os cientistas palestrantes demonstraram a escassa confiabilidade da prova. Já o teste por si mesmo, não consegue datar com a desejável precisão um objeto antigo, sendo a margem de segurança de 400 anos. Além disso, outro dado indiscutível é fornecido pelas vicissitudes sofridas pelo Sudário ao longo dos séculos, capazes de alterar a composição química e física do carbono nele contido. Sem contar os dois incêndios que o afetaram, o Sudário foi tocado por milhares de mãos que o seguraram para exibições públicas, e posto em contato com multidões de enfermos, esperançosos de uma cura, e foi inúmeras vezes beijados pelos fieis. Secundo o protocolo de Turim, concordado pelos cientistas representantes de sete laboratórios que deveriam executar o teste, deveriam usar-se dois métodos de análise: o antigo, de contagem das desintegrações, conhecido e reconhecido, e o novo, de espectrometria de massa, por aceleradores, ainda duvidoso. Se os sete laboratórios concordassem com os resultados, não haveria contestação. Inopinada e surpreendemente mudarem-se as regras do jogo: foram eliminados quatro laboratórios, inclusive os dois que utilizariam o método antigo, ficando, então, o prof. Michael Tite, diretor do Museu Britânico, único responsável por tudo. O Corpo de cientistas favorável à Igreja Católica, de alta reputação, a Academia Pontifícia der Ciências, presidida pelo brasileiro Professor Carlos Chagas, foi excluído do trabalho de medição pelo radiocarbono. O especialista em tecidos, cientista de fama internacional, escolhido para colher as amostras do Santo Sudário, foi substituído por uma pessoa anônima. O Excelentíssimo Ministro Eurípides Cardoso De Menezes, no sei livro: O auto-retrato de Jesus, manifestou a sua «estranheza pela açodada divulgação do resultado do exame a meu ver desnecessariamente secreto das supostas amostras do Santo Sudário, desacompanhado do respectivo relatório científico, que se esperava assinado pelo representante do Museu Britânico ou pelos até agora desconhecidos investigadores». Há quem tem as provas que tudo não passa de uma fraude colossal, o maior crime do século. (A chave deste mistério encontra-se no livro em espanhol, Estamos ante um colossal supercheria? de P. M. Solé, p. 8 a 9 e no estudo Sudário, Radiodatação e Cálculo das probabilidades, de Bruno Barberis e Pietro Savarino, Edições Loyola).O Professor Bruno Barberis conseguiu demonstrar que é muito alta a
probabilidade de que o homem do Sudário seja Jesus de Nazaré. Podemos
afirmar com certeza que as marcas e as manchas que aparecem no Santo Lino, foram
produzidas pelo cadáver de um ser humano. A questão é, então: é possível
identificar o homem do Sudário? Uma resposta, ou melhor, uma verificação
sobre a identidade do homem do Sudário, só adquire um significado preciso sob
condição de se fundamente em considerações objetivas, totalmente isentas de
qualquer hipótese apriorística. Barberis explicou em maneira simples o
conceito de probabilidade procurou demonstrar que a probabilidade de homem do
Sudário ser Jesus é muito grande. Ele considera sete característcas comuns ao
homem do Sudário e a Jesus, avaliando as relativas probabilidades.
Tendo presente que os sete eventos são evidentemente independentes entre si, obtém-se que a probabilidade total é dada pelo produto das probabilidades individuais, isso é:
1/100 x 1/5.000 x 1/2 x 1/2 x1/10 x 1/20 x 1/500 = 1/200.000.000.000
Isto quer dizer que sobre 200 bilhões de crucificados pode haver apenas um que possua as sete características do homem do Sudário, ou melhor a percentagem de probabilidade que o homem do Sudário seja Jesus de Nazaré é de 99,99999999998 %.
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Para ler as palestras (em italiano) da Professora Emanuela Marinelli, clique aqui em baixo.
La Impossibilità di falsificazione sulla Sindone A impossibilidade da falsificação da Síndone
Il messaggio della Sindone A mensagem da Síndone
La figura di Cristo e la Sindone A figura de Cristo e a Síndone