Defesa e promoção da paz
Saudação de João Paulo II aos presentes no Encontro
de Oração pela Paz, em 24 de Janeiro
(L'Osservatore Romano, 26 de janeiro)
João Paulo II saudou todos os presentes neste Encontro de Oração pela Paz.
Depois de evocar o primeiro encontro em 1986, disse qual é a razão da
presença de todos: rezar pela paz, dom de Deus que devemos pedir com
confiança. Foi com essa intenção que o encontro foi convocado, os presentes
foram convidados e todos se decidiram a entrar no "combóio da paz",
que fez uma pausa em Assis e, agora, vai continuar a sua viagem pelo mundo,
acolhendo nas suas carruagens todos os homens de boa vontade que olham a paz
como bem a alcançar pela conversão do coração e nunca pela força das
armas. Estas foram as suas palavras de saudação, que pronunciou ao chegar a
Assis:
1. Acolho-vos a todos com muita alegria e dirijo a cada um a minha
cordial saudação de boas-vindas. Obrigado por terdes aderido ao meu convite,
intervindo, aqui em Assis, neste encontro de oração pela paz. Ele traz-me à
mente o de 1986 e constitui um seu prolongamento. O fim é sempre o mesmo,
rezar pela paz, que é acima de tudo um dom de Deus a implorar com fervorosa e
confiante insistência. Nos momentos de mais intensa apreensão pelos destinos
do mundo, dá-se conta com maior vivacidade do dever de nos empenharmos
pessoalmente na defesa e na promoção do bem fundamental da paz. 2. Dirijo
uma particular saudação ao Patriarca ecuménico, Sua Santidade Bartolomeu I
e a quantos o acompanham; ao Patriarca de Antioquia e de todo o Oriente, Sua
Beatitude Inácio IV; ao Catholicos Patriarca da Igreja Assíria do Oriente,
Sua Santidade Mar Dinkha IV; ao Arcebispo de Tirana, Durres e de toda a
Albânia, Sua Beatitude Anastas; aos Delegados dos Patriarcas de Alexandria,
Jerusalém, Moscovo, Sérvia, Roménia; das Igrejas ortodoxas da Bulgária,
Chipre, Polónia; aos Delegados das Antigas Igrejas do Oriente: o Patriarcado
Sírio-ortodoxo de Antioquia, a Igreja Apostólica Arménia, o Catholicossato
Arménio da Cilícia, a Igreja ortodoxa da Etiópia, a Igreja ortodoxa
sírio-malancar. Saúdo os representantes do Arcebispo de Cantuária, Sua
Graça Jorge Carey, os inúmeros representantes das Igrejas e Comunidades
eclesiais, Federações, Alianças cristãs do Ocidente; o Secretário-Geral
do Conselho Ecuménico das Igrejas e os representantes do Hebraísmo mundial,
que aderiram a este especial Dia de oração pela paz. 3. Do mesmo modo,
desejo apresentar as minhas cordiais boas-vindas aos representantes das
diversas confissões religiosas: aos representantes do Islão, que vieram da
Albânia, Arábia Saudita, Bósnia, Bulgária, Egipto, Jerusalém, Jordânia,
Irão, Iraque, Líbano, Líbia, Marrocos, Senegal, Estados Unidos da América,
Sudão e Turquia; aos representantes da Budismo, chegados de Formosa e da
Grã-Bretanha, e aos do Hinduísmo, vindos da Índia; aos representantes
pertencentes à religião tradicional africana, que vêm do Gana e do Benim,
assim como àqueles que vêm do Japão em representação de diversas
religiões e movimentos; aos representantes Sikh da Índia, Singapura e
Grã-Bretanha; aos delegados do Confucionismo, do Zoroastrismo e do Jansenismo.
Não me é possível citá-los a todos, mas quero que a minha saudação não
esqueça nenhum de vós, gentis e amáveis convidados, a quem agradeço mais
uma vez terdes aceitado tomar parte nesta jornada tão significativa. 4. O meu
reconhecimento vai também para os veneráveis Cardeais e Bispos aqui
presentes; em particular para o Cardeal Edward Egan, Arcebispo de Nova Iorque,
cidade tão duramente atingida nos trágicos acontecimentos de 11 de Setembro;
saúdo ainda os representantes do Episcopado das nações, onde mais se
observa a exigência da paz. Dirijo um especial pensamento ao Cardeal
Lourenço Antonetti, Delegado Pontifício para a Patriarcal Basílica de São
Francisco de Assis e aos queridos Frades Menores Conventuais que, como sempre,
nos oferecem um generoso acolhimento e uma familiar hospitalidade. Saúdo
respeitosamente o Presidente do Conselho dos Ministros italiano, Deputado
Sílvio Berlusconi, o Ministro para as Infra-Estruturas e os Transportes e as
outras Autoridades que nos honram com a sua presença, assim como as Forças
de Polícia e todos os que estão a desenvolver algum esforço para assegurar
o bom andamento desta Jornada. A minha saudação, por fim, é para vós,
caríssimos Irmãos e Irmãs aqui presentes e, especialmente, para vós, caros
jovens que estivestes em vigília durante toda a noite. Deus conceda que, para
o mundo inteiro, nasçam do encontro de hoje aqueles frutos de paz, que todos
desejamos do íntimo do coração.