Florestinha florestão
Com animais de montão
Árvores plantadas pelo chão
Isso sim é imaginação
De mentirinha tem um vulcão
Flores a brotar
Peixes pelo mar
Pintinhos a piar
E a galinha a cacarejar
Maçãs gostosas e pêras saborosas.
O arco-íris quero pintar
Bolhas de sabão voando pelo ar
Nuvens a se espalhar
E a cachoeira a burbulhar
Mas peixes não vão se afogar
Poluição nem pensar
Queremos os pássaros livres voando pelo ar
Cada pétala desta flor representa seu amor
Crianças a falar
E barcos pelo mar
Pela natureza vem brincar
Assista também espetáculos pelo ar.
Passarinho quando nasce é tão pequenininho,
Parece um botãozinho
O tempo passa ele aprende a voar,
Mas aí vem o homem e o tira de seu lar.
Lá vai passarinho, aquele pequenininho,
Que uma vez tirado do seu lar,
Poderá nunca mais voltar.
Para onde o homem o leva, ele não sabe,
Mas de uma coisa ele sabe, sua família não estará lá.
Ao chegar é trancafiado em uma gaiola,
De onde nunca mais sairá.
Passam os dias e o passarinho ainda está lá.
Até que um dia uma menina resolve lhe comprar,
A menina vê que ele está infeliz,
E resolve lhe soltar.
Ele voa, voa, até chegar em seu lar,
Então há uma festa, porque pequenininho está lá.
Na floresta sempre tem uma festa
De som, luz, sol e calor!
Lá, todos se encontram para brindar o amor.
Os pássaros cantam, as borboletas dançam
As formiguinhas caminham e, os galhos,
Nas árvores, balançam.
O sapo, no lago, pula
A girafa, comprida, es+ia a vida.
O macaco engraçado pula de galho em galho
Puxando seu filhote pelo braço.
Enquanto todos se divertem na floresta
O homem, sem querer, acaba com a festa
Destruindo a vida dos pobres bichinhos.
Às vezes me acho perdida no mundo
Outros, me encontro por apenas um segundo.
Ainda não sei direito para que vivo,
Porém seo o que vivi.
Meu futuro ainda não está resolvido
Sei que tenho que me decidir.
Muitas pessoas ainda me vêem como criança,
Mas criança eu sei que não sou.
Também não sou adulto,
Pois a flor ainda não desabrochou.
Do futuro não sei o que esperar;
Da infância tento me esquecer,
Passo a entender o mundo com mais dificuldade,
Acho que isso é amadurecer.
Sei que ainda mantenho
um traço de ingenuidade,
Porém já tenho um vínculo com a maturidade.
Muitos ainda me ignoram;
Outros me entendem.
Muitos me consolam
E acho que também sentem.
Esta é a fase de transformações
e a cada dia somos pegos por nossas emoções
Descobrir o amor, amar...
Achar um sentimento que me faça sonhar.
As primeiras descobertas são feitas nesta fase
E você se lembrará delas em qualquer idade.
Lembrarei dela como a melhor fase da minha vida,
A melhor por mim vivida.
Mais um dia amanhece
E sem ninguém ainda estou.
Mais uma noite passada embaixo da ponte
sem pais, sem comida e sem lar.
Só me resta de consolo
A minha esperança e meu bom-humor.
Pego meu caixote enferrujado
Sujo de graxa pra trabalhar.
Saio em busca de um freguês
para o meu pão do dia ganhar.
Com uma boa conversa e simpatia
Uns trocados consigo ganhar.
A confiança de moços e moças
Também vou conquistar.
Se não tenho sorte de dia,
Sofro muito durante a noite,
pois com muita fome e frio fico
E procurar comida no lixo
É meu único meio de consolo.
Quando a noite vem chegando
Com mais medo eu vou ficando,
Porque não sei quem passa por ali
E o que podem comigo fazer.
Só me resta rezar a Deus
Para comigo nada acontecer.
Não sabendo ao menos quem me gerou,
Filho da terra passei a ser,
Pois foi a rua que me criou
E me ensinou a cruel realidade do Brasil,
Me obrigando isso a ver.